Elon Musk nega manter conversas com a Rússia sobre a guerra na Ucrânia

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O CEO da Tesla, Elon Musk, negou ter conversado diretamente com o presidente russo, Vladimir Putin, nas últimas semanas sobre a guerra na Ucrânia e sobre um “plano de paz” proposto para acabar com o conflito.

Em entrevista à CNN na terça-feira, 11, porém, o cientista político americano Ian Bremmer, presidente da empresa de consultoria política Eurasia Group, afirmou que Musk lhe contou diretamente sobre sua conversa com Putin no mês passado.

Em um tweet também na terça-feira, no entanto, Musk disse que não falava com Putin há mais de um ano.

“Falei com Putin apenas uma vez e isso foi há cerca de 18 meses”, tuitou Musk. “O assunto era o espaço.”

Bremmer inicialmente se recusou a comentar mais sobre sua conversa com Musk – mas depois reiterou sua afirmação no Twitter.

“Elon Musk me disse que conversou diretamente com Putin e o Kremlin sobre a Ucrânia” escreveu Bremmer.

Musk twittou na sequência uma resposta sucinta: “Ninguém deve confiar em Bremmer”.

GUERRA DE NARRATIVAS

A Eurasia Group é uma empresa de consultoria e pesquisa de risco político especializada em economias emergentes e desenvolvidas. Bremmer, que frequentemente aparece na grande mídia, também esteve envolvido com organizações internacionais, incluindo o Fórum Econômico Mundial.

A conversa ocorre depois que Musk tuitou um “plano de paz Ucrânia-Rússia” na semana passada com demandas que as autoridades do Kremlin fizeram repetidamente nos últimos meses, incluindo que Kiev se comprometesse com a neutralidade militar, reconhecesse que a Crimeia é formalmente parte da Rússia e assegurasse o fornecimento contínuo de água potável à península anexada por Moscou em 2014.

“Paz Ucrânia-Rússia: realizar eleições de regiões anexadas sob supervisão da ONU. A Rússia sai [da região] se essa for a vontade do povo. A Crimeia faz parte formalmente da Rússia, como tem sido desde 1783. Abastecimento de água à Crimeia assegurado. A Ucrânia permanece neutra”, tuitou Musk.

“É altamente provável que este seja o resultado final – apenas uma questão de quantos morrem antes disso”, acrescentou. “Também vale a pena notar que um resultado possível, embora improvável, deste conflito, é a guerra nuclear.”

O tweet de Musk foi bem recebido pelo Kremlin – mas provocou indignação entre autoridades do governo ucraniano, incluindo o presidente Volodymyr Zelensky, que sugeriu em um tweet que Musk estava expressando apoio à Rússia com sua proposta.

“Foda-se é minha resposta diplomática para você”, escreveu o embaixador da Ucrânia na Alemanha, Andrij Melnyk, em resposta ao tweet de Musk no Twitter.

Outras fontes também revelam que Musk têm mantido contato direto com o Kremlin nas últimas semanas – endossando a informação compartilhada por Bremmer.

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Rodrigo Costa tem 40 anos e é jornalista com MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Já atuou em rádios e emissoras de televisão de Poços de Caldas como a Difusora AM e a Transamérica FM. Desde 2016 também atua em assessorias de comunicação e coordenadoria geral de campanhas eleitorais.
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