Boris Johnson, o homem que deixou o cargo de Primeiro Ministro há apenas três meses, surgiu como um dos nomes mais fortes para reassumir o cargo.
Sua substituta, Liz Truss, caiu após 45 dias no cargo, anunciando sua renúncia depois de ser forçada a abandonar a maior parte do seu programa de políticas econômicas que assustou os mercados financeiros.
Um segundo mandato de Johnson seria uma reviravolta extraordinária na história do Reino Unido.
A última vez que alguém retornou ao cargo de primeiro-ministro depois de perder a liderança do seu partido foi há 140 anos, quando William Gladstone retornou ao cargo para liderar os Liberais. Em circunstâncias diferentes, outros líderes partidários chegaram a ter duas passagens pelo cago, como Winston Churchill e Harold Wilson.
Os meses finais do mandato de Johnson foram repletos de acusações de que ele havia quebrado as regras ao não dizer a verdade sobre as festas realizadas em sua residência durante o lockdown durante a pandemia da covid-19.
O detalhe, porém, é que ele continua sob investigação por uma Comissão Parlamentar, o que poderia, em tese, levá-lo a ser suspenso do Parlamento, ou até mesmo ser expulso como Deputado.
Johnson ainda não anunciou oficialmente se irá se candidatar. Will Walden, ex-secretário de imprensa de Johnson, disse à uma emissora de televisão do Reino Unido que ele estaria “fazendo sondagens” a respeito.
REGRAS
Boris Johnson venceu as eleições gerais de 2019. De acordo com a Constituição Britânica, o partido no poder pode mudar de líder sem outra eleição.
Um dos apoiadores mais leais de Johson, o secretário de Negócios Jacob Rees-Mogg lançou uma campanha nas redes sociais para reconduzí-lo ao cargo de Primeiro Ministro. Downing Street. Dezenas de parlamentares do Partido Conservador já declararam que o apoiaram publicamente.
O Secretário de Defesa, Ben Wallace, visto como uma força influente entre o Conservadores, disse à BBC que estava “inclinado a apoiar Johnson”.
As regras do Partido Conservador para a disputa pela liderança dizem que os candidatos precisam do apoio de pelo menos 100 parlamentares conservadores até a tarde da próxima segunda-feira, 24, para permanecer na corrida.
Aos ingleses, só resta aguardar.