O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), se reuniu nesta quinta-feira, 3, com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. O encontro marcou o início oficial das tratativas da transição de governo. Alckmin foi escolhido pelo presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva (PT) para coordenar a equipe de transição. Nogueira, por sua vez, chefia o trabalho como representante do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Alckmin chegou ao encontro no Palácio do Planalto acompanhado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do coordenador do plano de governo do candidato petista, Aloizio Mercadante. De acordo com Alckmin, logo após a reunião, a conversa foi bastante proveitosa. Para ele, a transição já começou.
Os trabalhos, porém, começarão efetivamente na segunda-feira, 7, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). A legislação dá ao presidente eleito o direito de formar uma equipe com até 50 nomeados para ter acesso e analisar dados da administração pública e preparar as primeiras medidas do novo governo que começará no primeiro dia de 2023.
O vice-presidente eleito evitou antecipar nomes que irão compor a equipe de transição. No entanto, deixou claro que eles serão de partidos que compuseram a coligação de Lula nas eleições. MDB e PDT, que aderiram ao projeto no segundo turno, também farão parte da equipe. Também não está descartada a participação de partidos de centro.
No entanto, de acordo com as jornalistas Julia Duailibi e Julia Arraes do G1, alguns nomes já foram escolhidos para formar a equipe. São eles:
- José Luiz Penna (PV)
- Jefferson Coriteac (Solidariedade)
- Daniel Tourinho (Agir)
- Wolney Queiroz (PDT)
- Felipe Espírito Santo (PROS)
Antes da reunião no Planalto, Geraldo Alckmin esteve no Congresso Nacional para uma reunião com o relator do Orçamento, Marcelo Castro (MDB), e o senador eleito Wellington Dias (PT) para uma ampla discussão sobre a adequação do Orçamento para 2023. Após o encontro, houve o anúncio de que será proposto aos presidentes da Câmara e do Senado de um projeto para retirar do teto de gastos as despesa com ações consideradas por eles como “inadiáveis” e para as quais não há recursos suficientes previstos para o próximo ano.