Se você acompanha a política de Poços de Caldas, provavelmente já se deparou com alguma bizarrice vinda de alguém da oposição, as quais variam desde pedir a demissão do Secretário de Saúde pelo fato corrido do gato Juninho da UPA até postar um vídeo em suas redes sociais indo em uma lanchonete criticar o preço do café e do pão de queijo na cidade.
Esse tipo de atitude vinda da oposição mostra desespero, já que a probabilidade do prefeito Sérgio Azevedo (PSDB) fazer um sucessor é alta, enquanto a esquerda ainda tem muitas rixas, falhando em construir um nome para o Executivo. Por isso, recorrem à Lei 6 do livro “As 48 Leis do Poder”, “chame a atenção a qualquer custo”, para terem espaço na mídia e estarem presentes em conversas do povo, ou seja, terem um pouco de relevância.
Comparando a proposta do monotrilho ao aerotrem, tentaram construir uma versão do prefeito como se fosse o folclórico político brasileiro, Levy Fidelix. Além disso, as narrativas de um gestor inimigo do meio ambiente e autoritário insensível às necessidades da população também foram tentativas infrutíferas de visibilidade. A única consequência evidente e impactante, no caso de tentarem taxar o prefeito como autoritário, foi a advertência aprovada pela Câmara Municipal tomada por um vereador da oposição.
Ainda na luta por espaço, ganharam destaque recentemente por suas campanhas de abraçar árvores para impedir os cortes, com fins totalmente políticos maquiados por discursos ambientalistas. Também não podemos nos esquecer do memorável vídeo de um vereador de esquerda dançando ao som da música “Zona de Perigo” do cantor Léo Santana postado em suas redes sociais, que com certeza atingiu a atenção desejada e gerou comentários de seus colegas de trabalho e “camaradas”.
E assim deixo um questionamento: será que a classe trabalhadora e a população mais carente de recursos, suposta classe defendida pela esquerda, se identificam com baixarias do tipo? Ou preferem apoiar quem realmente faz a diferença no seu cotidiano?
Perfeito o texto, só uma ressalva: o Secretário de Saúde não deveria ser demitido pelo fato do gato Juninho, deveria ser preso. Recolher gato comunitário e dar sumiço nele é maus-tratos, nos termos do artigo 32 da Lei 9605 e artigo 6, parágrafo único da Lei Estadual 21.970/16. É louvável seu envolvimento político e confesso que comungamos o mesmo raciocínio liberal, mas atos criminosos como o ocorrido com o gato comunitário, Juninho, ´não podem ficar impunes.
Lúcio Corrêa Cassilla
Presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da 25 Subseção da OAB/MG