Tulio Coelho: “Comunismo e Fascismo – As duas faces da mesma moeda”

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Se você é de direita e já expressou uma opinião diferente de um grupo de militantes de esquerda, provavelmente já foi chamado de fascista. Muitas vezes esse termo é usado por um indivíduo com o intuito de ofender o seu adversário para se consagrar como moralista. Porém, o quê a militância de esquerda desconhece são as origens socialistas do fascismo e como os regimes autoritários de esquerda utilizavam dos mesmos métodos dessa ideologia para se manterem no poder e impor sua agenda.

Não é algo comum afirmar, de maneira categórica, que o regime comunista cometeu atrocidades muito semelhantes àquelas perpetradas pelo fascismo, bem como de suas variações mais extremistas, uma vez que sempre há uma certa complacência e defesa dos regimes comunistas, ainda muito presentes. No entanto, a realidade é que existem muitas semelhanças nos métodos e nos resultados alcançados, especialmente no que diz respeito à brutalidade do regime, como bem apontado na obra “O Livro Negro do Comunismo”.

Os três tipos de crimes definidos pelo Tribunal de Nuremberg são crimes contra a paz, crimes de guerra e crimes contra a humanidade – os quais foram cometidos por todos os regimes autoritários mencionados.

Além dessas considerações qualitativas, é importante ressaltar outro ponto que nos dá a dimensão do que foi (e ainda é) o Comunismo. Na verdade, um retrato honesto desse regime nefasto deve sempre incluir o número total de mortos causados por ele:

URSS – 20 milhões; China – 65 milhões; Vietnã – 1 milhão; Coreia do Norte – 2 milhões; Camboja – 2 milhões; Europa Oriental – 1 milhão; América Latina – 150 mil mortos; África – 11,7 milhão; Afeganistão – 1, 5 milhão.

As aproximadas 100 milhões de mortes destacadas são fruto de tais totalitarismos desenfreados. Diante disso, surge a pergunta: por que o movimento comunista não é criticado e combatido com a mesma intensidade quanto o fascismo, se ambos são tão similares e igualmente assassinos? Há ganhos políticos para aqueles que defendem o comunismo, e, portanto, a resposta é, em parte, evidente. Surpreende, no entanto, que grande parte da mídia e da academia ainda seja tão complacente e condescendente perante esse regime.

Não podemos nos esquecer que os próprios criadores da ideologia fascista tinham ligação com o Partido Socialista Italiano. Benito Mussolini foi filiado no Partido Socialista Italiano por 14 anos, o seu ativismo político o levaram à prisão, mas logo após sua libertação, o partido o colocou à frente do jornal milanês “Avanti!”.

Esse intenso ativismo político permaneceu até a Primeira Guerra Mundial, que marcou uma virada na vida de Mussolini. No início, fazia parte de um movimento anti-intervencionista, que se opunha à participação da Itália no conflito; mais tarde, no entanto, se juntaria ao grupo intervencionista, rendendo-lhe a expulsão do Partido Socialista.

Mussolini participou da guerra e passou a aproveitar a insatisfação do povo italiano, pelos poucos benefícios obtidos com o Tratado de Versalhes. A partir disso, passou a culpar seus ex-camaradas do Partido Socialista, dando início à formação do Fasci Italiani di Combattimento, o qual se tornaria o Partido Fascista Italiano posteriormente.

O outro fundador do fascismo, Giovanni Gentile, que escreveu a “doutrina do fascismo” em conjunto com Benito Mussolini, chegou a declarar que “o fascismo é uma forma de socialismo; na verdade, é sua forma mais viável”. Uma das reflexões mais comuns sobre isso é que o fascismo é em si um socialismo baseado na identidade nacional, o que coloca em cheque toda a propaganda ideológica da esquerda até então.

Esses dados comprovam que o fascismo e o socialismo/comunismo são duas faces da mesma moeda que devem ser abominados de forma igual. É preocupante termos um mandatário em nossa cidade que diz com orgulho ser comunista.

Todos temos o dever moral de conscientizar esta geração sobre o que foi e é o comunismo. Como afirmou Ayn Rand, “ter pena dos culpados é trair os inocentes”.

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Túlio Coelho tem 18 anos e é estudante de Direito. Faz parte de movimentos políticos liberais desde os seus 15 anos de idade, tendo ocupado o posto de líder do movimento estudantil UJL-MG de 2022 a 2023. Atualmente é presidente da juventude do PSD em Poços de Caldas e líder Livres.
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