PL apresenta auditoria que questiona funcionamento de urnas anteriores a 2020

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O Partido Liberal (PL) decidiu se alinhar oficialmente ao discurso dos militantes pró-Bolsonaro e pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mesmo sem a apresentar provas de fraude, a invalidação de votos computados em urnas que, de acordo com o partido, apresentaram “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento”.

Para o PL, mais de 279,3 mil urnas eletrônicas utilizadas nas eleições deste ano apresentaram problemas crônicos. Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira, 22, em Brasília, o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, informou que o próprio TSE deu às legendas o dever de fiscalizar o sistema brasileiro de votação, o que estaria sendo feito por meio de um relatório apresentado à corte eleitoral. O documento foi protocolado no TSE às 15h56.

A base dos questionamentos feitos pelo PL tem como referência uma análise feita pelo Instituto Voto Legal (IVL). Ainda antes das eleições, o instituto produziu um relatório indicando supostos problemas de segurança nas urnas eletrônicas. Em resposta à época, o TSE emitiu uma nota dizendo que as afirmações do IVL eram falsas, mentirosas, fraudulentas e que visavam tumultuar o processo eleitoral.

O parecer do IVL se utiliza da ausência de um código identificador em um dos arquivos gerados pelas urnas eletrônicas de modelos anteriores às fabricadas em 2020 para pedir a invalidação das mesmas. Para os autores do relatório, sem esse código, não seria possível vincular o arquivo gerado pela urna, ou seja, o log da urna à máquina física correspondente.

DESPACHO

Um despacho logo após o recebimento do pedido assinado pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, determinou que os autores aditem o documento para que ele possa abranger ambos os turnos das eleições. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, não contesta o resultado que deu à sigla a maior bancada de Deputados Federais na primeira fase do processo eleitoral.

“As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022. Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos o turnos das eleições, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas”, decidiu.

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Rodrigo Costa tem 40 anos e é jornalista com MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Já atuou em rádios e emissoras de televisão de Poços de Caldas como a Difusora AM e a Transamérica FM. Desde 2016 também atua em assessorias de comunicação e coordenadoria geral de campanhas eleitorais.
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