Fábio Faria diz ter se arrependido por levantar suspeitas sobre inserções em rádios

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O Ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD), declarou ter se arrependido por ter convocado uma entrevista coletiva com o objetivo de denunciar que emissoras de rádio da região nordeste estariam supostamente prejudicando a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao não veicular sua propaganda eleitoral e que o objetivo era o de fazer um acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o problema fosse resolvido.

Na segunda-feira, 24, Faria e Fabio Wajngarten, que também integra a campanha de reeleição de Bolsonaro, convocaram uma entrevista coletiva em frente ao Palácio da Alvorada para informar que auditorias haviam constatado o problema.

Ainda de acordo com ele, a ideia era de que o TSE concedesse à campanha de Bolsonaro a mesma quantidade de inserções que supostamente não teriam sido divulgados nas emissoras.

“A falha era do partido, que percebeu o problema tardiamente, e não do tribunal. Como havia pouco tempo para o TSE fazer uma investigação mais aprofundada, eu iniciei um diálogo com o tribunal em torno do assunto”, diz.

Para Faria, a proposta saiu dos trilhos quando aliados do presidente passaram a usar a pauta para cobrar o adiamento do segundo turno das eleições sob a acusação de “fraude”.

“Eu fiquei imediatamente contra tudo isso. Fui a primeiro a repudiar. Isso prejudicaria o presidente Bolsonaro, que nunca defendeu o adiamento das eleições. Ele nunca quis isso. Acreditamos que ele vai ganhar a eleição e isso nunca foi tema da campanha”, afirmou.

O ministro disse ainda que quando a situação saiu de controle, repudiou o ato internamente e optou por “sair de cena”. “Me arrependi profundamente de ter participado daquela entrevista coletiva. Se eu soubesse que iria escalar, eu não teria entrado no assunto”, diz.

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Rodrigo Costa tem 40 anos e é jornalista com MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Já atuou em rádios e emissoras de televisão de Poços de Caldas como a Difusora AM e a Transamérica FM. Desde 2016 também atua em assessorias de comunicação e coordenadoria geral de campanhas eleitorais.
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