A exposição “Poços de Caldas: 150 anos em imagens” chegou a mais um local nesta semana. Depois de ficar na rodoviária durante os meses de outubro e novembro, agora está disponível para visitação no PMJ João Monteiro (Avenida Dirce Pereira Rosa, 540 -Parque Esperança).
São cerca de 50 fotos, expostas em painéis, que mostram momentos importantes da história de Poços de Caldas. As imagens valorizam registros de diferentes fases da cidade, mostrando ruas e praças nas décadas de 1930, 1940 e 1950, por exemplo. Todo o material faz parte do acervo do jornalista Décio Alves de Morais, que faleceu em 2018 e faria 100 anos em 2023. Além de enaltecer o trabalho deste grande nome da comunicação poços-caldense, a iniciativa também celebra os 150 anos de Poços de Caldas.
“Este trabalho leva imagens históricas às quais todos os poços-caldenses deveriam ter acesso. Dessa forma, comemoramos os 150 anos de Poços e utilizamos o acervo do meu pai de forma educativa e democrática, levando a exposição a locais públicos e que geralmente não recebem mostras fotográficas”, comenta Rossmaly Borges, filha de Décio e curadora do projeto.
A exposição fica disponível para visitação no PMJ João Monteiro até o fim de dezembro, das 7h às 18h. O projeto é realizado com patrocínio da Prefeitura de Poços de Caldas, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.
Décio Alves de Morais
Seu Décio, como era conhecido, iniciou a militância na imprensa em 1941, como correspondente da revista Esporte Ilustrado. Por mais de 30 anos, representou na cidade os periódicos Gazeta Esportiva, Folha de São Paulo, Folha de Minas e Correio da Manhã, além de colaborar com publicações como A Justiça, O Eco e o Combate.
Empreendedor, foi co-fundador de diversas publicações, entre elas os jornais Folha de Poços (1954), Gazeta do Sul de Minas (1957), Jornal da Mantiqueira (1974), o qual fundou junto de Luiz Nassif, Sérgio Manucci, Rovilson Molina e Vitor de Carvalho, e Bate Papo, que criou com os filhos Rossmaly e Richard. Desde 1952, ele editava a Seleções Carnavalescas, uma das revistas sobre Carnaval mais antigas do país.
Também foi um dos fundadores da Associação Sul-mineira de Imprensa (ASI) e teve importante atuação na área gráfica. Ele trouxe a primeira clicheria para Poços, em 1957, e em 1963 iniciou as atividades da Gráfica Sulminas.
Apaixonado pela Caldense, o jornalista possuía um vasto acervo de fotos de esportes e da história da cidade. Com este material, publicou os livros Memórias em preto e Branco, Memórias em Preto e Branco II, Memórias do Esporte e Coletânea.