Emater realiza trabalho de mapeamento da citricultura no sul de MG

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Campanha, cidade do sul de Minas, agora é alvo de um trabalho do Governo de Minas, que realiza pela primeira vez um mapeamento da citricultura na região. O trabalho está sendo feito pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater), que usa o georreferenciamento, cruzando imagens de drones e bancos de dados para que o modelo seja aplicado em outras cidades.

Este tipo de mapeamento gera mais segurança para o mercado, com informações precisas sobre a safra, evitando especulações de preço, além de saber melhores áreas para a migração do plantio. “Estamos fazendo o georreferenciamento de todas as propriedades do município de Campanha, com o levantamento da área total, a localização de cada propriedade, a produção estimada e até a variedade plantada, especificando se é tangerina, limão ou laranja”, explica o coordenador estadual de Fruticultura da Emater-MG, Deny Sanábio.

Segundo o coordenador,  com a ação também é possível identificar onde estão os cursos d’água, o tipo de solo das áreas produtoras, a altitude de onde se encontram as lavouras, a declividade dos terrenos e outras informações. A equipe de georreferenciamento da Emater-MG utiliza imagens do satélite CBERS-4A e do Google Earth Pro. Também conta com imagens feitas por drones, além do banco de dados dos Certificados Fitossanitários de Origem (CFO), fornecido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Este certificado, emitido para cada produtor, contém as coordenadas geográficas das propriedades.

“No futuro, com o avanço da tecnologia, com a diferença de cor das fotos aéreas, poderemos identificar talhões que estão com problemas, que podem ser ataques de praga ou alguma doença”, afirma ele. Nos casos em que as imagens e o CFO não fornecem a precisão ideal, um técnico da Emater-MG vai a campo para fazer a verificação. “Em alguns casos, por exemplo, não é possível identificar se a imagem mostra uma lavoura de café ou de citros. Nesta situação, é necessária a validação do técnico no local. Esta parte do trabalho, ainda está sendo feita. Em breve teremos a área total de citros do município”, explica Deny Sanábio.

O mapeamento já mostrou que as lavouras de tangerina respondem por aproximadamente 50% do total das lavouras de citros no município. O restante é ocupado com laranja, limão e tangor. São 101 produtores, que devem colher 52,3 mil toneladas de frutas este ano.

Expansão

O trabalho segue o modelo já adotado pela Emater com a cafeicultura. Em 2017 começou a implantação do Geoportal, que reuniu informações georreferenciadas do parque cafeeiro do estado, abrangendo 460 municípios.

“Agora começamos com a citricultura, mas podemos expandir para toda a produção de frutas em Minas. Iremos ofertar este tipo de trabalho para outros municípios que queiram contratar a Emater-MG para fazer o georreferenciamento das propriedades”, diz Sanábio.

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Pedro Correa é jornalista, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Passou pelo Alô Poços, Virando TV e SulMinas TV. Escreve notícias, reportagens, e é apaixonado por cinema.
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