INVESTIGAÇÃO
O Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG), através da procuradoria regional sediada na cidade de Varginha, acolheu uma denúncia apresentada pelo PT e PSOL do município de Passos e determinou a instauração de um inquérito civil para investigar um possível crime de assédio eleitoral por parte do Deputado Federal reeleito Emidinho Madeira (PL). A representação dos partidos se baseou em informações do vice-prefeito de Passos, Arlindo Nascimento, e do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, Darlan Esper Kallas em outros dois inquéritos que também tramitam no MPT de Varginha.
ASSÉDIO ELEITORAL
Os denunciantes alegam que Emidinho Madeira foi o principal articulador de uma série de práticas de crimes eleitorais. Entre elas, a que consiste no uso do poder empregatício para coagir o empregado a votar em um determinado candidato no segundo turno – no caso, Jair Bolsonaro (PL). A investigação também se debruçará na investigação de uma reunião realizada no dia 11 de outubro em Passos, onde foi elaborado um “plano de ações” que orientou empresários e fazendeiros a assediar seus funcionários e obrigá-los a votar em Bolsonaro, dispensar do trabalho com remuneração os empregados simpáticos ao candidato na semana que antecede o pleito e transportá-los na zona rural no dia da eleição.
DESPACHO
O despacho que determinou a instauração do inquérito, a procuradora do trabalho diz que os fatos já são de conhecimento do MPT. O mesmo documento afirma que, além de crime, as condutas no referido “plano de ações” podem configurar a prática de assédio eleitoral no ambiente de trabalho. Assim, a procuradora recomendou à Emidinho Madeira que garanta aos trabalhadores e trabalhadoras o respeito ao direito fundamental à livre orientação política e ideológica, na qual se insere o direito de votar e ser votado, bem como se abstenha de adotar qualquer conduta que se enquadre como assédio moral contra os trabalhadores. O inquérito seguirá sob investigação.
RIP PTB
Enfim, acabou. O Partido Trabalhista Brasileiro, em breve, deixará de existir. Sua fusão com o Patriota criará o Mais Brasil – que utilizará o número 25 na urna. Em Poços de Caldas é o fim da história de um partido que sempre teve como presidente o empresário Waldir Miguel mas que nos últimos anos – com cada vez com menos militantes – se tornou irrelevante no cenário político local. Entre os seus quadros restaram dois nomes: o do médico João Cioffi (vereador e ex-presidente da Câmara) e Ercules Tassinari – o prefeito que Poços de Caldas merecia ter tido e uma das figuras políticas mais íntegras da cidade.
PASSEATA
No sábado, 29, às 10h, haverá uma passeata em Poços de Caldas em apoio a Jair Bolsonaro. A concentração será atrás do Palace Hotel e seguirá pela Avenida Francisco Salles, Rua Assis Figueiredo, Rua Alagoas, Rua Rio Grande do Sul e Rua Prefeito Chagas.