Coluna Bastidores – 18/01/2023

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PEÇA-CHAVE

“Ramiro Caminhoneiro”. Este é um dos personagens centrais que mais apareceram em grupos de WhatsApp e Telegram convocando pessoas para participarem dos atos golpistas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro. Em todas as mensagens, um mesmo número de telefone aparece atrelado ao individuo – ou seu representante – que estaria organizando as caravanas tendo a Capital Federal como destino. Trata-se de uma linha com DDD 11 (da região metropolitana de São Paulo), que a Coluna Bastidores não divulgará por questões de segurança.

FAMOSO QUEM?

Mas afinal, quem é “Ramiro Caminhoneiro”? A resposta não é das mais difíceis. Ele é apontado como um dos principais nomes na organização das tais caravanas. Tem 49 anos e se apresenta nas redes sociais como um “patriota a serviço do transporte”. No Facebook e no Instagram diz que “a força dos caminhoneiros liberta o Brasil do Comunismo”. Concorreu duas vezes a uma vaga na Câmara dos Deputados. Em 2018, pelo PSL, e em 2022, pelo PL. Ambas as legendas abrigaram Jair Bolsonaro nas duas últimas eleições.

MAS E POÇOS COM ISSO?

Uma fonte que pede anonimato, enviou uma série de prints de um grupo de WhatsApp local de apoio a Bolsonaro. Nele, mensagens do “Ramiro Caminhoneiro” foram compartilhadas de um número local. “Quem precisar de ônibus para Brasília é só chamar no WhatsApp. Ramiro Caminhoneiro está disponibilizando ônibus”, diz uma delas. Junto da mensagem, um link do Instagram do financiador era disponibilizado com um convite para que as pessoas pudessem acompanhar uma live do mesmo. No rodapé da mensagem, caracteres formavam uma arma. O grupo talvez passasse despercebido não fosse um mero detalhe: um dos seus administradores é o vereador Kleber Silva (Novo).

ENQUANTO ISSO…

Poços de Caldas atingiu nesta terça-feira, 17, a marca de 7 pessoas presas envolvidas nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Até o momento, Itajubá conta com duas pessoas presas e Cabo Verde e Pouso Alegre 1 cada.

POLÊMICA

A esquerda sulfurosa ficou em polvorosa com as críticas tecidas ontem pelo amigo José Carlos Polli em seu blog – destacando que “pelo andar da carruagem o prefeito não deve encontrar dificuldade para vencer a próxima eleição e eleger seu sucessor”. Ainda de acordo com o jornalista, “o grupo de oposição não oferece risco devido à falta de lideranças e principalmente de união entre os oposicionistas”.

COMENTÁRIO

de certa forma, Polli está correto na análise – especialmente no que diz respeito a união. A Rede, por sinal, serve para embasar seus comentários. Afinal, enquanto o presidente local da sigla prega união e um discurso coletivo de construção junto à esquerda, seus dois vereadores (Lucas Arruda e Tiago Braz) foram essenciais na eleição de Douglas Souza (União Brasil) para a presidência da Câmara – entregando para o partido do candidato a sucessão do prefeito o comando da Casa. Os comentários nos corredores da Câmara, por sinal, dão conta de que Arruda pode vir a ser o vice de Júlio Cesar Freitas (União Brasil). O problema é que tem muita gente desconfiada e dizendo que não dá para se repetir o mesmo erro de 2016.

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Rodrigo Costa tem 40 anos e é jornalista com MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Já atuou em rádios e emissoras de televisão de Poços de Caldas como a Difusora AM e a Transamérica FM. Desde 2016 também atua em assessorias de comunicação e coordenadoria geral de campanhas eleitorais.
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