Coluna Bastidores – 09/12/2022

avatar
4 Min leitura

 CAOS

Engana-se quem pensa que a transição de comando de Carlos Mosconi para Rosilene Faria na Secretaria Municipal de Saúde pouco interferiu no andamento da pasta. Informações que chegam por parte dos servidores revelam o caos que paira no local. O reflexo, claro, impacta no dia a dia do cidadão. A Farmácia da Policlínica, por exemplo, não conta com a quantidade de funcionários necessários, o atendimento pode levar horas e a coordenadora que atua no local não pode ser nomeada para a função que exerce por não existir o setor no organograma da Prefeitura.

REFLEXOS

O fato de o cargo de Assistência Farmacêutica não existir no organograma da Prefeitura não dá autonomia para que a coordenadora assine qualquer documento, por exemplo. Além disso, a compensação ao servidor por atuar nesta função inexistente seria o pagamento de horas extras. A desorganização no local é tão grande que uma paciente que esteve lá para retirar um medicamento chamado Metildopa recebeu por engano uma caixa de Metropolol.

ALTO CUSTO

Na Policlínica, também funciona a Farmácia de Alto Custo – dedicada a medicamentos tão caros que impossibilitam a obtenção pelos pacientes. Diferentemente dos fármacos comuns, para a retirada desses medicamentos pelo SUS, há a necessidade de todo um processo legal como a apresentação de um laudo médico que avalie e autorize sua retirada. Esse laudo apresenta detalhes a respeito do problema de saúde do paciente e a real necessidade da utilização do medicamente prescrito. A Farmácia de Alto Custo atende em torno de 2.000 pacientes por mês. A Farmácia do SUS, no mesmo local, em torno de 650 pacientes por dia. A estrutura é precária para servidores e pacientes.

ALÉM DISTO…

Na Policlínica ainda funciona a Farmácia Judicial – responsável pelo cumprimento de decisões judiciais que obrigam o poder público a fornecer determinados medicamentos para as pessoas de forma imediata. O que pouco sabem, entretanto, é que a farmacêutica responsável por esse setor pediu demissão após ter sido obrigada a liberar um medicamento sem o processo legal obrigatório cumprindo ordem de cima para baixo. O cargo segue vago.

TINTA PRETA

Uma enorme pintura com a frase SOS FFAA foi apagada do asfalto entre o Palace Hotel e o Parque José Afonso Junqueira ontem. Ela foi pintada no exato local em que manifestantes que não aceitam o resultado do segundo turno das eleições costumam se concentrar antes de caminharem até o Tiro de Guerra. Não é a primeira vez que isso acontece. Outras frases como “Intervenção Já” e “Supreme Are The People” já tinham sido removidas.

QUANTO VALE O SHOW?

Quem assistiu ao Programa do Ratinho na quarta-feira aguardando uma revelação bombástica do então candidato a deputado federal Rafael Cândido se decepcionou. Não houve nenhum comentário sobre ter deixado Poços de Caldas ou ter fugido dos amigos e parentes. Vestindo roupas femininas, ele apareceu no palco e apenas se limitou a dizer que agora se chama Angel Valle e que está disponível para apresentar palestras para grupos que pretendem conhecer sua trajetória e buscar a aceitação da família quanto à transexualidade.

Se você gostou desse conteúdo, saiba que é possível apoiar a Coluna Bastidores. Faça um PIX de qualquer valor para a chave [email protected] e ajude a manter o jornalismo independente de Poços de Caldas.

Compartilhe este artigo
Rodrigo Costa tem 40 anos e é jornalista com MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Já atuou em rádios e emissoras de televisão de Poços de Caldas como a Difusora AM e a Transamérica FM. Desde 2016 também atua em assessorias de comunicação e coordenadoria geral de campanhas eleitorais.
Deixe um comentário