Alckmin coordenará a equipe de transição de Lula

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O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) foi anunciado como o coordenador geral da equipe responsável pela transição de governo de Luis Inácio Lula da Silva (PT). O processo se dará pelos próximos dois meses. A equipe deverá se instalar na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília.

O anúncio foi feito pela presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, após uma reunião com Lula e demais coordenadores de campanha em um hotel na cidade de São Paulo. Os petistas querem dar início o mais rápido possível à transição para, dessa forma, evitar qualquer tipo de problema com o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ainda de acordo com Gleisi, ela e o ex-senador Aloisio Mercadante (PT) também farão parte da equipe chefiada por Alckmin. Este, por sua vez, teria sido escolhido por seu perfil de centro e por ser conhecido como um político conciliador e de diálogo.

As primeiras reuniões entre a equipe de Lula e a de Bolsonaro devem ocorrer já na próxima quinta-feira, 3. De acordo com Gleisi, o primeiro tema a ser tratado deve ser o orçamento para 2023 – decidido pelo atual Legislativo.

A equipe de transição contará com aproximadamente 50 pessoas entre técnicos, políticos e servidores. O ex-prefeito de São Paulo e candidato derrotado ao governo paulista, Fernando Haddad (PT) irá organizar a equipe responsável pela educação – mas não será o coordenador.

A presidente do PT reforçou que os nomes que farão parte da equipe de transição não serão necessariamente ministros no futuro governo. Os nomes para os ministérios devem ser decididos pelo futuro presidente apenas na próxima semana.

A TRANSIÇÃO

No ano de 2002, durante a transição do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para Lula, o CCBB também serviu como espaço para a transição de governo. À época, o coordenador da transição foi Antonio Palocci, que acabaria por assumir o Ministério da Fazenda.

Para que a transição de governo ocorra de forma transparente, a Lei 10.609/2002 garante ao candidato eleito o direito legal de constituir uma equipe de até 50 pessoas para inteirar-se do funcionamento dos órgãos e entidades que fazem parte da administração federal, além de preparar atos de iniciativa do presidente eleito a serem editados imediatamente após a posse. A equipe também passa a ter acesso a todas as informações referentes às contas públicas e aos programas e projetos do governo federal.

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Rodrigo Costa tem 40 anos e é jornalista com MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Já atuou em rádios e emissoras de televisão de Poços de Caldas como a Difusora AM e a Transamérica FM. Desde 2016 também atua em assessorias de comunicação e coordenadoria geral de campanhas eleitorais.
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