Coluna Bastidores – 24/04/2023

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O PODER DO WHATSAPP

Na semana passada, um homem chamado Paulo, entrou através de um link em um grupo de WhatsaApp de moradores dos bairros Santa Clara e Filadélfia na Zona Leste. Dizendo trabalhar para a vereadora Luzia Martins (PDT), através de um áudio, informou que sua presença ali tinha como objetivo ser uma ponte entre os participantes e a parlamentar. Falou que também estava disponível para receber as demandas de cada um deles – que seriam repassadas à assessora de Luzia para uma possível solução – que pode ser desde o próprio bairro até a questões relacionadas aos órgãos públicos.

E MAIS…

Em um outro grupo também de WhatsApp, o discurso de Paulo foi semelhante, mas com alguns detalhes e falas adicionais. Mais uma vez, ele se colocou à disposição e disse estar trabalhando para Luzia ao lado de mais 3 pessoas. “Como a vereadora mesmo diz, os vereadores só aparecem para o povo de 4 em 4 anos e mesmo assim apenas para pedir voto. Logo depois eles desaparecem”, diz um dos trechos. “Ela quer fazer diferente, afinal, quando o cidadão tem um problema, com uma vereadora à frente, fica mais fácil de resolver”, diz em outro trecho – que promete, inclusive, ajuda com os problemas particulares de cada um. Estranho.

MAS O QUE CHAMA MESMO A ATENÇÃO…

É o fato do segundo áudio ter sido enviado em um grupo de WhatsApp que informa onde acontecem blitz policiais na cidade. E como todos sabem, é crime administrar ou participar desses grupos, que incorrem no crime de atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública com pena de reclusão de 1 a 5 anos.

MAIS POLÊMICAS I

Já um áudio que circula no WhatsApp do vereador Silvio de Assis (MDB) promete colocar ainda mais lenha na fogueira em relação à denúncia contra ele feita pela Santa Casa e protocolada na Câmara na semana passada. Nele, o parlamentar disse estar tranquilo em relação à denúncia e que o assessor jurídico do legislativo o teria orientado a entrar livremente em qualquer área da saúde que conte com leitos do SUS.

MAIS POLÊMICAS II

A respeito de sua ida à Santa Casa em busca de uma vaga para uma menina que aguardava na UPA, ele disse que a mãe da menor já havia buscado antes dele outros vereadores para tentar resolver o problema – entre eles, Marcelo Heitor (PSC) e Douglas Souza (União Brasil). Ainda de acordo com sua fala, a mãe da menor o teria informado de que um médico da UPA havia lhe dito que uma outra criança seria passada na frente pelo simples fato de ela ter feito uma reclamação nas redes sociais. Foi quando ela teria entrado em contato com Silvio de Assis buscando uma solução para o problema.

NOVAS ACUSAÇÕES

O vereador diz ter como provar que quando um paciente recebe a informação de que não há vagas para transferência de pacientes, que elas surgem quando ele diz estar se dirigindo à Santa Casa. Ele reclama também que após a troca de direção do hospital, telefonemas não estariam sendo atendidos.

QUEM?

“Eu não vou citar nomes, mas ele está achando que o hospital é dele. Deus me mostrou como é a pessoa, como ela é, o perfil e essa pessoa está achando que eu tenho medo dela. Mas eu não tenho. O que Deus tocar no meu coração de fazer, eu irei fazer”, diz o vereador. “O atual superintendente está incomodado com as minhas fiscalizações, com o que eu tenho falado dos pontos turísticos e sobre a possível abertura de uma CPI”, finaliza.

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Rodrigo Costa tem 40 anos e é jornalista com MBA em Comunicação Eleitoral e Marketing Político. Já atuou em rádios e emissoras de televisão de Poços de Caldas como a Difusora AM e a Transamérica FM. Desde 2016 também atua em assessorias de comunicação e coordenadoria geral de campanhas eleitorais.
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