FONTE DOS AMORES
Ontem, quinta-feira, 11, a Fonte dos Amores foi novamente o cenário da tradicional Retirada dos Caiapós da Mata. Após o período pandêmico, o momento era de ansiedade por aqueles que mantém viva uma das nossas mais belas tradições. O encontro de estranhamento – que logo se transforma em congraçamento – simboliza a retirada dos indígenas caiapós da mata pelos negros devotos de São Benedito. Após a retirada, acompanhados dos Ternos de Congos, eles percorrem as ruas da cidade até a Igreja. Não é algo novo e não há como alegar desconhecimento.
BARRADOS NO BAILE
A cerimônia em questão estava marcada para às 16h na Fonte dos Amores – um dos pontos turísticos da cidade agora sob gestão da CITUR – Circuito Integrado de Turismo de Poços de Caldas. A Prefeitura já havia informado que, apesar do local estar em obras, seria liberado para a realização da cerimônia. No horário marcado, porém, os portões estavam fechados. Por um momento a alegria deu espaço para a tensão e tristeza por parte dos integrantes dos Ternos de Congos. Figuras icônicas aguardavam nas calçadas a liberação. Após uma aparente falta de comunicação – injustificável, convenhamos – foi autorizada a entrada da população. A cerimônia teve então início com quase meia hora de atraso. Apesar dos pesares, a emoção tomou conta e a tradição se fez presente.
QUEM CONTA UM CONTO…
No último mês de abril, o prefeito Sergio Azevedo (PSDB) concedeu uma entrevista para o podcast “A Janela”. Nela, levantou uma grande polêmica envolvendo a “Sinfonia das Águas” – especialmente quando tentou justificar a não realização do evento. “Era um equipamento caro. Nós não tínhamos dinheiro para fazer. Ficava devendo, não pagava. Ou eu fazia apenas a “Sinfonia das Águas” e parava a secretaria de Cultura inteira ou eu parava com a “Sinfonia das Águas” e mantinha e secretaria de Cultura com mais de 300 ou 400 artistas trabalhando”, disse Azevedo durante a entrevista. Ainda de acordo com ele, para que fosse mantido, haveria um custo para os cofres públicos em torno de R$ 1,5 milhão a R$ 2 milhões por ano.
ATO FALHO?
Ainda no mês de abril, o vereador Diney Lenon (PT) apresentou um pedido de informações ao Executivo a respeito da Sinfonia das Águas. A resposta oficial contradiz a dada pelo prefeito durante a entrevista ao podcast. De acordo com a secretaria municipal de Turismo, “após fazer um levantamento dos empenhos emitidos no período de 2017 a 2022, contendo o histórico Sinfonia das Águas, foram verificadas despesas aos cofres públicos de aproximadamente R$ 6 mil. Ainda de acordo com o Executivo, as edições de 2017 e 2018 – as únicas realizadas durante a gestão do atual prefeito – foram custeadas pela Lei de Incentivo à Cultura (Rouanet).
PUXA…
Em reunião do Conselho Municipal de Cultura, o secretário da pasta endossou a fala equivocada do prefeito Sérgio Azevedo.