TEMPERAMENTAL
Na semana passada, o clima na reunião da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal esquentou. Tudo graças a um desentendimento entre o vereador Tiago Braz (Rede) e o assessor legislativo Felipe Sancho. A situação só não ficou pior a ponto de chegar às vias de fato graças à intervenção de outros dois vereadores que colocaram panos quentes. A atitude de Braz, por incrível que pareça, não é novidade e tem se tornado comum ao longo da legislatura. Rompantes de fúria nos corredores da casa contra colegas – especialmente quando o contrariam – se tornou desde 2021 uma de suas marcas registradas.
FRASES
“Me processe se você for homem” e “Você não é homem de me encarar”, frases de alto teor machista – que a esquerda tanto recrimina – foram proferidas aos gritos por Thiago Braz – que, quem diria, se auto intitula de esquerda. Ao término da reunião e ainda em estado de fúria, o vereador disse que cobraria do presidente do Legislativo, Douglas Souza (União Brasil) um posicionamento e a possível exoneração do assessor.
RETROSPECTO
Há exatos 30 dias, já como diretor de redação da TV Plan, durante uma reunião de pauta, pedi para que nossos produtores entrassem em contato com os vereadores para uma reportagem que levaríamos ao ar sobre o reajuste de salário dos servidores, vereadores, secretários e prefeito. Sua resposta foi: “Enquanto Rodrigo Costa for responsável pelo jornalismo da TV, eu Tiago Braz não falarei mais sobre nenhum tema com vocês ok? Pode divulgar essa informação a ele, a todos da TV e também a população se acharem necessário. Se ele não estiver mais, contem comigo para toda e qualquer informação novamente.”
E MAIS…
Através de um áudio à diretoria, enviado dos corredores da Câmara e testemunhado por colegas, Tiago Braz reafirmou seu posicionamento. Tal como para um outro áudio enviado para um apresentador da casa.
CONSTITUIÇÃO
O artigo 220 da Constituição Federal determina que atacar jornalistas é crime previsto na Lei de Imprensa e no Código Penal. Pedir a cabeça de um profissional de imprensa também não é bom negócio. Aliás, convenhamos, não cabe a nenhum político pedir a cabeça de quem quer que seja.
A PERGUINTA QUE FICA É…
Estaria o presidente municipal da Rede, Gerson Pereira Filho, de acordo com os posicionamentos do vereador da legenda? Estaria o vereador Lucas Arruda (Rede) em concordância com os atos praticados pelo seu colega de partido? Que Felipe Sancho tome as medidas judiciais cabíveis – como este jornalista já tomou – e que a corregedoria da casa se debruce sobre este caso. O espaço está aberto para os citados.
POR FALAR NISSO…
Desde março a Rede não conta com comissão provisória em Poços de Caldas.
